Se há coisa que me desperta curiosidade, quando estou quase a chegar às Amoreiras-Gare, naquela estradinha da Fonte da Pertelinha, é a imagem surreal de um par de botas, penduradas nos fios, tão quietinhas e inacessíveis, a chocarem com o quotidiano de qualquer pessoa. O mais interessante disto tudo, é que o modo imprevisível como elas surgem na paisagem, não apenas ali, mas como um ritual cada vez mais comum, me levanta as seguintes questões:
Porque raio atiraram as botas? Quem é que se lembra de fazer aquilo?
Quantas tentativas foram necessárias para atirar as botas e deixá-las daquela maneira estratégica?
Se não foram atiradas, alguém as colocou utilizando outros meios?
De quem eram as botas? Alguém ficou descalço?
As botas já não serviam ou estavam em bom estado?
É legal? (LOL) Foi feito às escondidas?
Constitui um problema para as empresas de luz ou telefone? (pelos vistos não, já que lá estão faz anos…)
Vão ficar lá muito mais tempo? É para sempre?! Alguém as vai lá buscar?
Esta atitude tem algum significado? Porque é que se tornou tão comum?
Alguém me pode dizer quem foi? Só por curiosidade…
Ou melhor…o autor desta “performance artística” pode-se enunciar? Daria um artigo giro aqui para o site Adega Pires…
Alguém me esclareça “fáxavor”…muito obrigada :D
